O défice de escolarização da população empregada representa um dos mais graves problemas estruturais de Portugal, como bem frisou o Hugo. Mas atenção, quando se refere a questão da escolarização, normalmente olvida-se a situação dos empregadores. Ora bem, segundo os dados do Inquérito ao Emprego (de 2007), verifica-se que somente 13% dos nossos empregadores detêm um diploma de ensino superior, somando-se uma percentagem similar com secundário e pós-secundário. Isto significa que 74% dos patrões portugueses têm um grau de escolarização que não ultrapassa o 3º ciclo (antigo 9º ano), sublinhe-se que 35% não tem mais do que a antiga 4ª classe.
Por seu turno, o nível de escolarização dos trabalhadores por conta de outrem, apesar de muito insuficiente, tende a ser melhor: 18% completou o secundário e 16% o ensino superior. Estes números são bem elucidativos em relação ao nosso tecido empresarial. Representam um dos traços mais marcantes e uma das maiores fragilidades do sistema económico português.
Por seu turno, o nível de escolarização dos trabalhadores por conta de outrem, apesar de muito insuficiente, tende a ser melhor: 18% completou o secundário e 16% o ensino superior. Estes números são bem elucidativos em relação ao nosso tecido empresarial. Representam um dos traços mais marcantes e uma das maiores fragilidades do sistema económico português.
De facto, o perfil da nossa economia não é somente dominado por pequenas e médias empresas (o que em si não é propriamente um factor negativo), o problema é que muitas destas são dirigidas por empresários detendo baixíssimos níveis de qualificação. A formação profissional e a exigência da qualificação não deverão direccionar-se somente para os trabalhadores. É fundamental uma re-qualificação de parte substancial dos empresários portugueses.
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