Neste último número do Le Monde Diplomatique (edição portuguesa) é publicado um interessante dossiê sobre sustentabilidade e políticas de ambiente. Destaco o artigo do João Pato sobre a questão da água, que aborda conceitos fundamentais que têm estado relativamente ausentes destes debates, nomeadamente, 'bem comum' e ‘políticas públicas’. Também nesta área seria interessante enquadrar o fenómeno das desigualdades sociais, medindo não só as distinções socioeconómicas resultantes do acesso diferenciado aos recursos básicos (como a água, a energia, etc.), mas também o impacto das políticas de ambiente e de desenvolvimento sustentável enquanto factores de equidade social e territorial. O binómio sustentabilidade-desigualdade é cada vez mais crucial, aliás, conceber as políticas que visam o desenvolvimento sustentável independentemente da questão da (des)igualdade é, do meu ponto de vista, uma falácia que, em muitos casos, tem como consequência a reprodução dos interesses e privilégios sociais.
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